O tempo passa depressa e quando
você menos espera, a quantidade de remédios que você toma já não cura todos os
seus males. E de repente, sente falta de uma criança que vinha lhe acordar
todas as manhãs. Arrumar o uniforme da escola, preparar o sanduíche pro lanche,
tudo isso ficou no passado.
Então surge uma vontade, quase
necessidade, de que alguém segure sua mão. Mas você ainda não está tão velha
pra isso! E se sente sozinha, embora estejam todos ao seu redor.
Aí você para e pensa que sua mãe
pode já ter se sentido assim e você nem ligou.
Você se levanta, vai até o quarto
delas e vê que elas dormem. Afaga uma e a outra. Mas elas nem percebem a sua presença.
Quantas vezes você já fez isso? A mãe é o anjo que vela o sono do filho. Mas
quem vela por nós?
Um dia talvez, se tiverem sorte,
elas estarão no meu lugar, velando o sono de alguém que dorme distraída. Porque
o tempo passa depressa, mas a noite não.
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