quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A CARA DA MÃE



No dia 8 de dezembro, há 17 anos, dia de N. S. da Conceição, nascia a minha segunda filha. Dei a ela o nome de Milena, por sugestão da irmã mais velha que, nessa época estava com 4 anos de idade. Logo quando ela nasceu, todo mundo foi dizendo: é a cara da mãe. Fiquei feliz, é lógico! Qual a mãe que não fica? 
Aí Milena foi crescendo e eu fui pude comprovar mais ainda o que eu já sabia: filho é uma enorme alegria, mas também uma tremenda responsabilidade, mas quando ele (ou ela) é a nossa cara, a coisa complica. Complica porque a gente passa a se ver em outra pessoa. 
É lindo! Mas é duro! 
É duro porque é difícil quando a gente tem que julgar nossas próprias atitudes com isenção. É duro às vezes ter que condenar, repreender ou corrigir coisas que em nós mesmos não conseguimos fazê-lo. Tá difícil até para escrever esse texto. Milena é a cara da mãe! Acho que ela adora isso. Mas devia odiar. Eu, por exemplo, odeio quando dizem que sou parecida com minha mãe (e devo ser). O pior é que é assim que é... Só muita terapia pra resolver isso!
Tirando todas essas contradições, ser mãe é um barato! Como meus insanos e amados leitores devem saber, a maternidade nunca foi um objetivo ou um objeto de desejo... Mas hoje, não consigo sequer imaginar a vida sem minhas duas filhas! Que loucura!
Mas esse post é pra falar de Milena porque hoje é aniversário dela. Mas falar dela é falar de mim. Por isso é tão difícil! Suas alegrias são minhas alegrias. Suas tristezas são minhas tristezas... Posso compreendê-la só no olhar! Milena é uma explosão de sentimentos, uma avalanche de emoções. E, por que não dizer? Um temporal. Tal como a mãe, ela é transparente.  Mas que ninguém se iluda: não é uma pessoa óbvia. Tem os seus segredos e mistérios. E a ninguém revelará, mas que precisam ser desvendados
Então, #ficaadica: só desvendará o seu segredo que conseguir tocar verdadeiramente o seu coração.
Se fosse descrever Milena com uma música, cantaria o Doce Mistério da Vida que conheci na voz de Maria Betânia.


Minha vida que parece muito calma

Tem segredos que eu não posso revelar

Escondidos bem no fundo de minh'alma

Não transparecem nem sequer em um olhar
Vive sempre conversando à sós comigo
Uma voz eu escuto com fervor
Escolheu meu coração pra seu abrigo
E dele fez um roseiral em flor
A ninguém revelarei o meu segredo
E nem direi quem é o meu amor


3 comentários:

Anônimo disse...

Ei, esse sistema de postagem - texto+letra de música+vídeo (às vezes) - é prerrogativa do Elevador. Devo cobrar royalties? Afora isso, suas reflexões fazem sentido. Parabéns por Milena e Carícia, agora nossa colega.
Chico Muniz

Fatima Dannemann disse...

Sua filha é linda. A foto comprova. Voce tem razão de ser mãe coruja. parabens para as tres. Milena, pelo niver. Caricia, pela conclusão do curso, e você, por ser mãe das duas. E mãe tem que ser corujissima.

Mônica Bichara disse...

Sua caaaara mesmo, Sú! Adorei os textos. Parabéns pra vc, Carícia e Milena. Beijos