terça-feira, 25 de agosto de 2015

A COMUNICAÇÃO E O CIDADÃO

Hoje, desde às 22h50, o poder público (não sei se municipal ou estadual) começou a fazer uma obra na porta do meu prédio.  À essa hora, o barulho da britadeira e do compressor é ensurdecedor. Entendo que é necessário fazer nesse horário porque fazendo durante o dia interditaria a rua que é bastante movimentada, mas custava avisar? A obra não tem nem aquela tradicional placa de "desculpem o transtorno".
Ninguém sabe dizer o que é ou pra quê é. Nem mesmo os porteiros (que são as pessoas mais bem informadas do universo). Isso não deixa de ser uma contradição, pois, tratando-se de um serviço realizado numa via pública, supostamente pelo poder público, o mínimo que se espera é que os moradores sejam comunicados. Certamente não é falta de dinheiro, já que a prefeitura e o estado dispõem de orçamentos generosos para publicidade e propaganda. Mesmo assim, o poder público continua se comunicando mal.
Uma prova disso é essa obra que está acontecendo agora na minha rua. Obviamente um VT milionário com jingle, slogans e pessoas sorridentes não cabe nesse caso. Mas as comunicação dos poderes públicos não conhecem outro tipo de comunicação.
Bastava escrever uma carta, um bilhete fazer um folheto... Um simples aviso aos moradores da rua explicando a obra, seus transtornos e seus benefícios. Os poderes públicos conhecem propaganda. Não conhecem relacionamento.
E por causa disso, eu e meus vizinhos vamos passar a noite com esse barulho na janela sem receber sequer uma explicação ou pedido de desculpas.  Mas sinceramente, que como cidadã, achava que a gente merecia mais.



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