quarta-feira, 23 de setembro de 2009

SEM CARRO NA CIDADE

Desde ontem, tornei-me um pedestre. Decidi que não quero mais dirigir um carro. Tomei esta decisão depois que, na última segunda feira pela manhã, quase fui agredida por um homem que me fechou, buzinando alucinadamente, quase batendo no meu carro propositalmente, me espremendo entre o carro dele e o meio-fio, apenas para "me dar um susto" ou "me aplicar um corretivo" porque ele achou que eu tinha atravessado o meu carro na frente do dele. O homem gritava, me chamava de maluca, barbeira e outras impropriedades impublicáveis e eu, dentro do carro tremia feito vara verde.
Não contente em quase ter provocado um acidente propositadamente, o homem parou o carro dele impedindo a passagem do meu, em plena a via pública, continuando a gritar contra mim. Depois, não satisfeito, desceu do carro (um corsa prateado que devido às circunstâncias em quem me encontrava, não anotei a placa) e avançou na minha direção.
Apavorada, perguntei a ele: "o senhor vai me bater, cidadão? Porque é só o que está faltando! Se o senhor der mais um passo, vou chamar a polícia!". Depois perguntei a ele se ele num tinha pai, mãe, irmãos, família... E fiquei repetindo isso até que ele, talvez caindo em si diante da truculência que estava praticando, entrou outra vez no seu carro e foi embora.
Eu ainda demorei alguns minutos para conseguir tirar o meus carro do lugar, devido ao meu estado de nervos e depois, segui o meu caminho. Mas, certamente, depois desse episódio, não sou mais a mesma. E não sei se terei capacidade de dirigir novamente. Fiquei me questionando se eu realmente preciso de um carro. Se for para passar por isso outra vez, prefiro andar a pé ou de taxi. Por isso, ontem mesmo entreguei a chave do carro para meu marido que, desde então tem me trazido para o trabalho e me levado pra casa.
Sei que essa decisão implica em várias limitações no meu ir e vir. Mas confesso que estou me sentindo melhor. Dirigir nesta cidade chamada Salvador está cada vez mais inviável, não apenas pela grande quantidade de carros e e pequena estrutura de vias de acesso, mas também pela irritabilidade e irracionalidade das pessoas ao volante. Não quero me tornar uma delas. Não quero fazer parte desse universo de pessoas estressadas.
Certamente o cara que me agrediu não era um marginal. Se fosse, ele teria me dado uns tapas e até mesmo um tiro. Quantas pessoas não levam tiro por discussões estéreis? Acredito que ele deveria ser uma dessas pessoas estressadas e que se transformam em animais quando estão à frente de um volante. Não quero mais participar disso!
TOU FORA!
Agora farei que nem Angélica: VOU DE TAXI...

2 comentários:

Emilia Medina disse...

Que história doida é essa? Fiquei mt puta...
Amiga, faça o que seu coração pedir... Não se violente.
Fique bem.
Te amo, Emi

Rosi disse...

Nossa Suely !!!!

Tô bege desmaio !!!
Não poderia nem ter lido tudo até o fim... Mas li ...
Tenho 35 anos e já fiz prova 4 vezes para tirar carteira e sempre reprovo pelas burrices que acabao praticando na prova prática de direção. Sempre fico muito, muito nervosa , cheia de tremedeira.
Ainda esta semana liguei para uma "Terapia no Volante" , pois vou tentar pela última vez ... Estou me sentindo super dependente do meu marido e agora tenho uma filhota que depende de mim ...
Por mais que eu ande de taxi, tem hora que vc quer ir ali pertinho , mas tá chovendo , daí os caras ficam putos de te levarem ...

Lamento muitíssimo o trauma que esse sem educação te causou ... Dê um tempo para você ! Mas no fim , é injusto que um idiota com este , tenha te tirado a liberdade de andar no seu próprio carro.