sábado, 20 de junho de 2009

MANIFESTOS E MANIFESTAÇÕES

Apesar do fim da obrigtoriedade do Diploma de Jornalismo não ter alcançado na imprensa a devida repercussão. A revolta de vários setores da sociedade demonstram o quanto a Justiça desse país atenta contra nós, os cidadãos. Certamente, inclusive como já declararam, do alto de suas togas e tribunais os magistrados da mais alta corte do país não acreditam estarem em sintonia com a sociedade a que servem. Dizem que não preciam ouvir "o clamor das ruas". Isso é para deputados, senadores e afins, que pecisam de votos para a manutenção de seus postos de trabalho. Eles precisam ficar bem na fita. Os ministros do Supremo não precisam se preocupar com esses detalhes. Afinal, não precisam ficar bem na fita...

Manifesto à comunidade acadêmica da Faculdade 2 de Julho
A Faculdade 2 de Julho lamenta profundamente a decisão e o entendimento equivocado do Supremo Tribunal Federal com relação ao fim da obrigatoriedade do diploma para o exercício do Jornalismo, ocorrida ontem, 17 de junho do corrente ano, em Brasília.

Esta instituição entende que o jornalista é hoje um agente social de altíssima responsabilidade com a transformação social, cultural e política de um povo e que, por esta razão, necessita obter uma formação ampla, profunda e reflexiva, do ponto de vista técnico e humanístico, baseado na ética e no respeito aos direitos humanos.

Mais que isso, o jornalista, além de necessitar do mais amplo conhecimento possível em diversos campos do saber, precisa de um aperfeiçoamento constante, atual e voltado para as novas tecnologias de comunicação, a fim de desenvolver com excelência e honestidade o trabalho com o seu público.

É por isto que a Faculdade 2 de Julho mantém como uma de suas propostas políticas pedagógicas um programa de pós-graduação que visa oferecer ao jornalista já graduado uma especialização ainda maior com os cursos de Comunicação Organizacional, Jornalismo Ambiental, Jornalismo Científico, Jornalismo Cultural, Jornalismo Digital, Jornalismo Econômico, Jornalismo Esportivo e Jornalismo Político.

A desastrada atitude de desvalorização desta profissão – reconhecida como um dos pilares pela luta em favor da democracia -, esta decisão certamente vai entrar para a história deste país como a mais equivocada resolução da Corte Suprema, manchada para sempre a partir de agora. Apesar disso, a Faculdade 2 de Julho continuará a investir fortemente em seu curso de Jornalismo, na graduação e na pós-graduação, e ainda mais nos seus estudantes e professores. Felizmente, os cursos de Jornalismo continuam livres para a formação destes profissionais em nível superior.

Esta instituição acredita que, dialeticamente, esta lamentável decisão possa trazer avanços e abrir maiores possibilidades de atuação no mercado para os jornalistas de excelência num país que tanto precisa de educação e informação. Basta lembrar o que ocorre na área de Administração, em que embora não seja obrigatória a apresentação do diploma na admissão de boa parte de grandes empresas, são estes os cursos que mais crescem no Brasil.

Assim como se dizia, no passado, que a fotografia mataria a pintura e a televisão acabaria com o cinema, questiona-se atualmente o futuro dos jornais e do jornalismo, por extensão. Neste mundo em mutação, de mudanças profundas e cada vez mais velozes, cabe a certeza que estamos frente a um horizonte incerto, fragmentado e marcado pela instantaneidade.

Como afirmou em artigo recente a jornalista Míriam Leitão, a notícia não morreu, nem vai deixar de existir e nunca circulou tanto e de forma tão rápida, oriunda de tantos pólos emissores, como agora. A Faculdade 2 de Julho acredita que as respostas a estes novos tempos precisam ser encontradas por quem estuda reflexivamente a Comunicação Social. Como em todo processo neste planeta, só os mais aptos e adaptáveis irão sobreviver e vencer. Vence a Academia! Fortalece-se o Jornalismo!

(Josué da Silva Mello
Diretor geral da Faculdade 2 de Julho)

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