segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

TROFÉU TACAPE E ZARABATANA

Ontem fui à praia. Meus insanos e desocupados leitores devem saber que isto me deixa de péssimo humor. Não é que eu não goste de ir à praia no domingo, é que simplesmente tenho PREGUIÇA. A idéia de pegar um carro para ir à praia SIMPLESMENTE ME APAVORA. Enfrentar engarrafamentos, caçar vaga pra estacionar, caçar uma mesa numa barraca de praia, disputar centímetros de areia quente! Ah! As barracas de praia são um capítulo à parte... Sinômimo de cerveja quente e banheiros imundos, elas são também o território de garçons surdos que correm feito barata-tontas para lá e para cá sem atender a ninguém direito e simplesmente te ignoram no meio da multidão mal-acomodada em bancos de madeira ou cadeiras de plástico fincadas na areia.
Mas neste fim de semana eu caprichei e já esgotei a minha cota de praia do ano todo! Não satisfeita em ter ido à praia no sábado, repeti a dose no domingo! O sábado foi um martírio! Enfrentei uma praia lotada com meu cunhado, a mulher e os três filhos que estão passando as férias em Salvador.
O domingo foi pior ainda! Como a missão era levar meus pais à praia, tivemos que sair bem cedo. Às 7 e meia da manhã, eu já estava na casa de minha mãe com meu marido e minha filha (familia que sofre unida, permanece unida), porque ela queria sair às oito EM PONTO! Dá pra acreditar que alguém saia de casa no domingo às oito da manhã para ir à praia? Cláro que não! Por isso, as ruas estavam desertas. ZERO ENGARRAFAMENTO.
Quando chegamos à praia, nem o garçom estava na barraca. Aliás, ele estava chegando naquele momento e tivemos que acompanhar a sua higiene pessoal. Momento lindo!
Outro momento lindo foi quando experimentei ir ao banheiro para trocar o biquini. Porque como saí muito cedo de casa, o sono não me deixou colocar o biquini. Então, quando o calor aumentou fui até o banheiro feminino da barraca para me trocar... O quadro que encontrei não podia ser mais pavoroso. Como não havia janelas e muito menos um exaustor no banheiro, além do calor, o ODOR também era insuportável! Vou te contar uma coisa: fazer cocô em banheiro de barraca de praia é uma prática INACEITÁVEL! Pô! Como é que um ser humano sai de casa para ir cagar na barraca da praia! Isso não é coisa que se faça!
Depois dessa cena dantesca, voltei quase vomitando à nossa mesa para "desfrutar" do resto do meu martírio. Felizmente, por volta das 11 horas, minha mãe sinalizou que queria ir pra casa. ALELUIA! Secretamente, comemorei e fui, feliz da vida, fui enfrentar a fila do chuveiro para tirar a areia dos pés. Tinha umas vinte pessoas na minha frente. Mas eu nem liguei. Ao chegar carro, tive a segunda alegria do dia, ao perceber, que estavam todos chegando mas eu JÁ IA EMBORA! A minha felicidade foi indescritível!
Que programa de índio! Acho que mereço o Oscar indígena! Não sei quem inventou a idéia de que ir à praia é um ótimo programa para descansar e relaxar... Na minha opinião, ir à praia é o programa mais estressante e cansativo que alguém pode escolher. Me deixa quebrada!
Para mim, o fim de semana ideal é aquele no qual eu não tenho que fazer ABSOLUTAMENTE NADA. Sem compromisso com isso ou aquilo. Praia agora só em 2009!

Um comentário:

Dona Preta disse...

Mandei para a senhora mas um texto meu sobre O martirio de ser mulher!"Réfens da beleza"