sexta-feira, 3 de novembro de 2006

VELÓRIO

Esta semana meu irmão e sua digníssima esposa estavam na cerimônia de cremação do sogro de um amigo deles, quando no meio do velório, ouviram bem alto uma música no som ambiente do crematório: quais, quais, quais, quais, quais, quais, pascaligundum, pascaligundum, pascaligundum... Por incrível que pareça, estavam tocando Trem das Onze – de Adoniram Barbosa no velório do sujeito (?).
Diante do constrangimento evidente, minha cunhada, que é uma pessoa não gosta de ver nada FORA DO TOM, sussurou para meu irmão uma ordem unida (que só ela sabe dar) para que ele fosse RECLAMAR com a direção do crematório, que aquela música alegre estava VAZANDO na cerimônia fúnebre. Aquilo era INADMISSÍVEL!!! Meio sem saber o que fazer, meu irmão resignado já estava a caminho da administração, quando achou de bom alvitre perguntar ANTES ao seu amigo (GENRO do defunto) se ele sabia a razão daquela música tão inoportuna estar sendo ouvida em alto e bom som naquele momento.
Para a sua surpresa, o rapaz lhe respondeu que aquela execução tratava-se do ÚLTIMO DESEJO do falecido e que ele podia ficar frio, que aquilo era apenas o COMEÇO. Com esta explicação convincente e suficiente, meu irmão voltou para seu lugar. Estava terminando de relatar para a mulher a estranha vontade do morto, quando a mestre de cerimônias do crematório tomou o microfone e iniciou oficialmente as últimas homenagens ao morto com a frase:
- Façamos um breve momento de reflexão... Aí, começou a tocar OUTRA música ainda MAIS surpreendente: EU VOU PRA MARACANGALHA, EU VOU... EU VOU DE LIFORME BRANCO, EU VOU... .... SE ANÁLIA NÃO QUISER IR EU VOU SÓ, EU VOU SÓ, EU VOU SÓ...
E assim por diante... E para encerrar, tocaram: ATRÁS DO TRIO ELÉTRICO, SÓ NÃO VAI QUE JÁ MORREU... Com interpretação de Caetano Veloso nos anos 70!!! Meu irmão e a mulher olhavam para tudo e para todos estupefactos enquanto viam a família do morto acompanhar o rítimo da música balançando a cebeça entre lágrimas.
- O meu enterro eu quero assim!
Disse a meu irmão, quando ele terminou de me contar esse episódio. Aí foi a vez do meu sobrinho mais velho Thiago (14 anos) entrar na conversa e perguntar:
- Que tipo de música você vai querer, tia?
- Ah, não sei, meu filho... O que você sugere?
- Vamos mandar tocar aquela música: Saudosa MALUCA...

EU A DO REI!!!
BEIJOCAS E TABOCAS

Um comentário:

Anônimo disse...

OI quelida! Foi um teste! Sairam as fotos todas ... e esse post veio para aqui. Mas o lay out voltou! Vc tem que por fotos pequenas ... tá fófi?
Sim. Eu lembrei o código secreto!
E tem novidade aí do lado né? é provisório! É de grátis só um tempo ... até dia 17 de novembro!
Mande todos os nossos amigos internacionais entrarem aqui ...
Bezos!