segunda-feira, 16 de outubro de 2006

A FLECHA PRETA DO CIÚME

É difícil falar do ciúme. Porque é difícil ser ciumento. Geralmente quem é ciumento é mal falado. É inseguro, complexado, controlador, autroritário, sufoca os outros, enfim: é um CHATO DE GALOCHA. Quem é ciumento, por mais que seja controlado ou fique dentro do que as pessoas limitam como NORMAL, sempre acaba PAGANDO MICO.
Por isso NINGUÉM gosta de dizer que é ciumento. Ninguém gosta de assumir que é ciumento. Eu, embora DETESTE ter que admitir, sou ciumenta. E sabe de uma coisa? Vivo muito melhor depois que me assumi (rsrsrs). Tenho ciume dos meus pais, das minhas filhas, dos meus irmãos, do meu marido, dos meus amigos e quer saber? Embora muita gente insista que não. Eu acho isso muito NORMAL.
Sofri muito até assumir a minha condição de ciumenta, porque eu queria MUITO ser NORMAL. Foi depois que eu descobri, que TODO MUNDO é ciumento e faz de conta que não é, que eu passei a conviver melhor com esse traço da minha personalidade. Sou ciumenta e DECLARO. Sem medo de pagar mico.
Sou daquelas que acha que quem ama tem ciúme e quem não tem ciúme (nem um pouquinho que seja) NÃO AMA. Acontece que a maioria das pessoas sente ciúme. Só que tem vergonha de dizer. Porque as pessoas aprenderam que demonstrar ciúme é FEIO. Porque você dá atestado de que foi ou está sendo humilhado, desprezado, deixado de lado por alguém, em detrimento de algo ou de outro. Isso não é NOBRE. Pois eu discordo! Acho que se o ciúme (não a inveja) está relacionado com o amor, não há porque dizer que esse é um sentimento INFERIOR...
A gente ouve a vida inteira dizerem que ciume é infantilidade, falta de amadurecimento, afinal as crianças são ciumentas. Porque são possessivas, não aprenderam a dividir. Eu digo que as crianças são ciumentas porque são AUTÊNTICAS. Não têm medo de demonstrar seus sentimentos.
Mas não sou daquelas ciumentas doentias, que vivem procurando algo errado nas coisas e nas pessoas. Mas, também não gosto de me sentir EXCLUÍDA por aqueles que eu amo, seja voluntária ou involuntariamente. E, quando isso acontece, externo sem receio. O mais importante é ter segurança de que fez a coisa certa. O problema é que as outras pessoas nem sempre compreendem ou aceitam. Mas isso já é uma outra história.
BEIJOCAS E TABOCAS CIUMENTAS

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