terça-feira, 13 de janeiro de 2009

MAS QUE CALOR!!!

Ai minha Nossa Senhora do Abano! Dai-me um fresquinho, que eu num tou podendo com esse calor! Alalaô! Ai meu bom Alah! Com esse povo se matando na Faixa de gaza, como é que o senhor vai ter tempo de mandar água pra ioiô, mandar água pra iaiá? Ah, meu bom Alah! quem é que vai proteger a gente nesse caloorrrr!!! Ai meu São Down!
Depois da Ucrânia ter bloqueado o fornecimento de gás russo para a Europa, acho que agora desligaram o ar condicionado do mundo!!! O povo da Ucrânia num tá soltando nem pum! Enquanto isso, abaixo do Equador nós ficamos à mercê de Nossa Senhora do Abano! Mas mesmo assim, num pára de chegar gente na Bahia. É como diz o novo ditado: no verão, todo mundo quer ser baiano! É que eles acham que ser baiano é só falar arrastado e ficar na rede balançando pra lá e pra cá...
Tenho uma amiga que chegou do Rio na sexta-feira e caiu de boca no verão da Bahia. Num teve nem tempo de ligar pros amigos! Só hoje (terça) - depois de ter comido acarajé em Cira até pocar - é que ela ligou pra avisar que chegou. Aliás, acho que essa polêmica de quem faz o melhor acarajé da Bahia num vai acabar nunca, porque todo mundo quer sempre ouvir uma segunda opinião...
Como já está acostumada ao tempero forte da Bahia, porque já fez um estágio de alguns anos morando em salvador, ela não sente mais os efeitos colaterais do dendê. Por isso, cai de boca nos quitutes, sem dó nem piedade do fígado. Depois passa o resto do ano comendo alface grelhada com rúcula lá em Niterói. Essa minha amiga contribui para aumentar o estigma da preguiça baiana. Olha só: ela veio de férias, mas com um trabalho pendente para terminar aqui. Hoje me disse que a Bahia não a inspira para o trabalho... Vê se eu guento? O povo sai de férias, vem curtir preguiça aqui e depois diz que a culpa é da Bahia... Ôxi!
Para essa minha amiga, não há nada melhor do que férias na Bahia! Qualquer passeio vale à pena! Quando ela chega, a primeira providência que toma é ir ao Bonfim, "para recarregar as baterias". Mas mesmo tendo fé, ela não vai a pé. Vai de carro ou mesmo de ônibus. Segundo ela,"quando a gente fica muito tempo longe, ir ao Bonfim de ônibus é um arraso!" Então tá. Só não me chame.
Já para minha irmã, o problema de passar férias na Bahia é a romaria de visitas e a agenda de almoços e jantares que a pessoa tem que cumprir: é Caruru de fulano, sarapatel de beltrano, feijoada na casa de cicrano, moqueca na casa de outro, munguzá na casa de num sei quem, tem quem ofereça até churrasco, macarronada, sushi, sashimi, yakisoba e temaki! A hospitalidade da Bahia cansa a beleza da gente... E tem sempre comida no meio.
Já a minha irmã, que voltou pra casa ontem (à contragosto), já estava tendo que deitar na cama para abotoar a calça jeans. Revoltada, ela declarou ao se olhar no espelho: "esse corpo não me pertence!" E voltou para sua dieta em Brasília. O que é que se come lá mesmo?
Enquanto minha irmã se refresca no Lago Paranoá, eu sigo aqui enfrentando esse calor de fritar ovo na moleira, tendo que recusar TODOS os convites para sair. Sim, porque quando chega o verão, todo mundo acha que a Bahia inteira entra de férias... Mas, embora não pareça, eu trabalho, viu? Portanto não me chamem pra balada que eu não vou! Combinado?
Agora dexôir que o dever me chama!
FUI!

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